Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
O cronograma do monitoramento da água que abastece Santa Maria teve continuidade na manhã desta segunda-feira. A Superintendência Regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) realizou as coletas de novas amostras na barragem do DNOS e na Estação de Tratamento de Água (ETA).
Medicamento para tratamento de toxoplasmose que estava em falta chega em Santa Maria
De acordo com o superintendente regional da Corsan, José Epstein, foram feitas duas coletas de amostras: uma na água de recirculação da ETA, onde foram coletados cinco litros, e uma junto à torre de captação do DNOS, de onde foram retirados 10 litros de água. As amostras, segundo Epstein, já foram enviadas para Porto Alegre, onde serão feitas as análises da presença de Giárdia e Cryptosporidium. O material coletado também foi enviado, ainda hoje, para o Laboratório de Parasitologia, Zoonoses e Saúde Pública da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que fará os exames laboratoriais para analisar a presença do protozoário Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose.
No dia 1º de outubro, foi feita a primeira coleta da água dos mananciais no canal de chegada na ETA (por conta da chuva, as coletas in loco não puderam ser feitas naquele dia). Ao todo, três amostras foram enviadas para Londrina. A Corsan ainda aguarda o laudo com o resultado desses exames. Ontem, o superintendente de Vigilância em Saúde de Santa Maria, Alexandre Streb, acompanhou as coletas da Corsan.
A medida de monitoramento do sistema de abastecimento de água da cidade é uma recomendação feita pelo Ministério da Saúde, em agosto, após os técnicos do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) terem feito uma vistoria no sistema hídrico como estratégia de prevenção de novos casos de toxoplasmose em Santa Maria.
Estudo da UFSM diz que água pode ser fonte de infecção por toxoplasmose
Por recomendação do Ministério da Saúde, a cada 15 dias, durante um ano, a Corsan terá que fazer esse procedimento na barragem do DNOS e na ETA, ambas em Santa Maria. O mesmo procedimento deverá ser feito a cada 30 dias, também durante um ano, na barragem Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra.